Os desafios do assistente social na contemporaneidade
Trabalhar em prol do necessitado. Algumas pessoas parecem ter sido destinadas a ajudar o próximo quando esse se depara com as barreiras da vida.
Para amenizar problemas, trazer soluções e incentivar a interação social é preciso muita determinação. Vivenciar situações miseráveis do cotidiano brasileiro não é para qualquer um. E por isso, devido aos problemas existentes no mundo, eles surgiram: os assistentes sociais.
No Brasil, o serviço social foi implementado em 1930, quando se iniciou o processo de industrialização e urbanização no país. Desde então, os assistentes sociais procuram desempenhar um papel democrático, fazendo com que todo cidadão possa ter acesso universal aos direitos sociais, políticos e civis.
Os assistentes sociais atuam em diversas áreas, seja nas instituições púbicas, privadas ou em organizações não governamentais (ONGs). De acordo com o Portal do Serviço Social – site na internet que reúne informações sobre a profissão –, a maior atuação dos assistentes sociais é na área da saúde, uma das mais imprescindíveis para a população. O Conselho Federal de Serviço Social (CFSS) também reconhece que o campo de atuação que mais emprega hoje é a saúde.
Contar com o auxílio de uma assistente social na área da saúde pode ajudar a driblar as dificuldades geradas pelos processos burocráticos, muitas vezes vistos como barreiras para os pacientes que dependem, por exemplo, do Sistema Único de Saúde (SUS). Alguns chegam a desistir de umexame por causa dos empecilhos que encontram ao solicitá-lo; é o que conta a assistente social da Fundação Hemominas, Vanda Nunes da Rocha, que há 35 anos trabalha no serviço público – 20 deles no serviço social voltado para a saúde.
O trabalho de Vanda na Hemominas é acompanhar o paciente desde o nascimento, quando o Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio e Diagnóstico (NUPAD), órgão da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), realiza o exame laboratorial no bebê, mais conhecido como teste do pezinho, que tem por objetivo detectar precocemente doenças metabólicas, genéticas, evitando futuros problemas ao recém-nascido. Caso o bebê seja diagnosticado com alguma alteração genética, ele é encaminhado ao Hemocentro de Belo Horizonte – unidade da Hemominas em que a assistente social atua –, que passa a acompanhá-lo. É nessa parte do processo que começa o trabalho de Vanda, que precisa ajudar o paciente e fazer com que a marcação dos exames solicitados se torne ágil, garantindo um tratamento de qualidade. “Muitas pessoas acham que a Hemominas existe só para doação de sangue, mas não é”, explica Vanda, ao lembrar que naquele espaço também existe um ambulatório que dá suporte aos pacientes que chegam ali em estado prolongado de determinadas doenças do sangue.
Vanda conta que já trabalhou em diversas áreas no serviço social, mas sempre com atuação voltada para a saúde: “Comecei trabalhando em posto de saúde, em Pronto Atendimento Médico (PAM), serviços de emergência e hoje trabalho no ambulatório do Hemocentro de Belo Horizonte”. Para ela, o mais gratificante é ver os problemas de seus pacientes resolvidos. “Tenho o maior prazer, a maior felicidade em dizer que sou assistente social, gosto muito dessa área, vou me aposentar feliz neste trabalho, porque vejo a importância que isso tem para o paciente”, comenta.
A ONG exerce atividades através de parcerias com projetos sociais, por um sistema de apadrinhamento internacional, com o intuito de implantar programas socioeducativos. “Minha atuação consiste no acompanhamento dessas parcerias realizadas com os projetos sociais, prestando consultoria especializada referente à implantação dos programas e seu desenvolvimento”, conta a facilitadora. Na instituição, junto ao facilitador, atuam diversos profissionais, como pedagogos, administradores, filósofos, psicólogos, profissionais de comunicação, entre outros. Cada um, através de sua formação, colabora no trabalho voltado para a área social.
Para Joyce, uma das áreas mais carentes do serviço social é a Política Social de Educação. “O profissional poderia atuar em parceria com as escolas e sua comunidade, proporcionando uma aproximação entre a escola e as famílias”, define. A facilitadora se diz muito satisfeita com seu trabalho, pois consegue perceber resultados positivos, o que a motiva a acreditar que está no caminho certo. Porém, ela ressalta que ainda existem alguns entraves que a impedem de obter resultados ainda melhores. “Este é um trabalho em que você é parceiro, então muitas vezes depende do trabalho de outros para alcançar resultados positivos, e essa não é uma tarefa fácil”, lamenta.
Joyce diz acreditar que a ideia do serviço social ainda precisa ser trabalhada na sociedade, que vê a profissão como forma de caridade. “O trabalho do assistente social está diretamente ligado a reduzir o sofrimento socialmente produzido, e essa não é uma tarefa fácil, principalmente nos dias de hoje. A atuação do serviço social está aberta a diversas vertentes, principalmente ligadas às políticas sociais e sua implantação, com o intuito de ajudar pessoas, porém não de maneira caridosa, assistencialista ou paternalista, e sim a partir de uma visão de garantia de direitos e noção de cidadania”, explica.
Assim como Vanda Nunes, a facilitadora da Compassion Brasil também começou na área da saúde, onde acompanhou casos de urgência do Pronto-Socorro de Venda Nova. Lá, cabia a ela identificar indigentes, procurar por familiares de pacientes e dar apoio a famílias nos mais variados casos. Além dessa área, pôde trabalhar também no desenvolvimento de projetos sociais, como coordenadora. “Apliquei programas ligados ao Estatuto da Criança e do Adolescente, despertando-os para a cidadania, a cultura e questões relacionadas à atual situação do meio ambiente”, lembra.
Joyce também é apaixonada pela questão social e fala com entusiasmo da área que escolheu. “O que me motiva no serviço social é saber que todas as respostas podem ser dadas nesta área, e isso me dá força e vontade de nunca desistir e continuar a acreditar nesta prática”, conclui.
Formada há um ano, a assistente social Helenice Aparecida trabalha no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), no município de Lagoa Santa. Na instituição, ela acompanha grupos familiares beneficiadas com o programa bolsa família (PBF) do governo federal, que visa ajudar financeiramente grupos carentes. “Realizo atendimentos individuais e familiares, onde todos são encaminhados à rede socioassistencial do município. Faço visitas domiciliares de monitoramento ao público já beneficiado com o programa e fiscalizo ativamente às famílias que estão em descumprimento com as condições do PBF”, conta.
Assim como as demais entrevistadas, Helenice se diz identificar com o que faz, pois se preocupa bastante com as questões voltadas aos direitos sociais. “Na maioria das vezes, as pessoas são privadas de alguns recursos, como alimentação, um atendimento de saúde digno, uma educação de qualidade. Trabalhar com esse público para mim é alcançar e superar desafios a todo instante, além de ser um aprendizado”, afirma.
Nos caminhos do Serviço Social
Com 34 anos de carreira, a assistente social Regina Coeli de Oliveira, que ajudou a construir a lei estadual de assistência social, lembra que todas as experiências profissionais que teve ajudaram na construção da própria carreira. Com um currículo longo no serviço social, já trabalhou na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e como assessora de um movimento sindical. Hoje, é professora da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas). Em entrevista, ela conta um pouco sobre o serviço social.
Como está o mercado de trabalho para o serviço social?
As condições têm melhorado muito, o mercado tem se tornado mais amplo. O salário não é o que a gente gostaria de ter, mas há um crescimento no número de concursos públicos. E, de modo geral, as instituições estão percebendo a necessidade de um profissional que tenha essa visão social mais ampla, que consiga integrar as várias dimensões da realidade social e construir uma rede de articulações dos vários serviços, dos programas sociais, no sentido de atender às necessidades das pessoas.
Quais as características da profissão? Nossa profissão tem um caráter interventivo muito forte. Não somos profissionais só da teoria; temos uma formação teórica e prática. A teoria é importantíssima, pois é a base da nossa formação. Mas temos uma característica de intervenção na realidade, não ficamos só analisando.
Com qual público o assistente social lida no dia a dia?
Pessoas que se encontram em situações de urgência e de emergência, de extrema pobreza e de vulnerabilidade. E no nível preventivo, que tem como característica assegurar os direitos e contribuir para que as pessoas tenham acessos aos direitos constitucionais.
O que você pode dizer a quem vai entrar no mercado de trabalho?
Primeiramente que é uma área muito interessante. O governo tem feito mais investimentos na área social. Essa pessoa encontra um momento muito importante, principalmente em relação aos concursos públicos. E sugiro que não pare de estudar, que busque se renovar e manter sempre o compromisso ético da profissão.
E para quem pretende começar o curso na área?
Sugiro que aproveite o máximo enquanto estiver na faculdade. A gente sabe que existe uma pressão muito forte em cima dos estudantes, principalmente por causa das longas jornadas de trabalho. Mesmo assim, é importante que participe sempre das atividades extracurriculares.
Serviço Social: profissão essencial na manutenção dos direitos humanos
Para ser um profissional que deseja lutar pelos direitos do cidadão, o assistente social deve aprender em sala de aula os conceitos básicos da profissão.
Trabalhar junto a vários segmentos da população e garantir acesso aos serviços e benefícios. O assistente social visa contribuir em atividades voltadas para o bem-estar coletivo e para a integração do individuo à sociedade.
Para a professora Regina Coeli de Oliveira, o mercado de trabalho para o profissional de serviço social tem se ampliado bastante. As opções são variadas: instituições governamentais, prefeituras, Estado, União, além dos poderes executivo, legislativo e judiciário. O trabalho também pode ser voltado para crianças e adolescentes, detentos, ex-presidiários, empresas, fundações e organizações não governamentais.
Mas, para lidar com as dificuldades do dia a dia, é necessário preparo. Para isso, o futuro profissional deve recorrer aos estudos, com o objetivo de adquirir repertório para atuação no mercado.
Em Belo Horizonte, o curso de serviço social é oferecido pela PUC Minas, pela UFMG, pela Universo (Universidade Salgado de Oliveira) e pelo Centro Universitário Una.
Daisy Felício, Fernanda de Souza e Lorraine Kelly
Para amenizar problemas, trazer soluções e incentivar a interação social é preciso muita determinação. Vivenciar situações miseráveis do cotidiano brasileiro não é para qualquer um. E por isso, devido aos problemas existentes no mundo, eles surgiram: os assistentes sociais.
No Brasil, o serviço social foi implementado em 1930, quando se iniciou o processo de industrialização e urbanização no país. Desde então, os assistentes sociais procuram desempenhar um papel democrático, fazendo com que todo cidadão possa ter acesso universal aos direitos sociais, políticos e civis.
Os assistentes sociais atuam em diversas áreas, seja nas instituições púbicas, privadas ou em organizações não governamentais (ONGs). De acordo com o Portal do Serviço Social – site na internet que reúne informações sobre a profissão –, a maior atuação dos assistentes sociais é na área da saúde, uma das mais imprescindíveis para a população. O Conselho Federal de Serviço Social (CFSS) também reconhece que o campo de atuação que mais emprega hoje é a saúde.
Contar com o auxílio de uma assistente social na área da saúde pode ajudar a driblar as dificuldades geradas pelos processos burocráticos, muitas vezes vistos como barreiras para os pacientes que dependem, por exemplo, do Sistema Único de Saúde (SUS). Alguns chegam a desistir de umexame por causa dos empecilhos que encontram ao solicitá-lo; é o que conta a assistente social da Fundação Hemominas, Vanda Nunes da Rocha, que há 35 anos trabalha no serviço público – 20 deles no serviço social voltado para a saúde.
Vanda Nunes, assistente social da Hemominas
O trabalho de Vanda na Hemominas é acompanhar o paciente desde o nascimento, quando o Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio e Diagnóstico (NUPAD), órgão da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), realiza o exame laboratorial no bebê, mais conhecido como teste do pezinho, que tem por objetivo detectar precocemente doenças metabólicas, genéticas, evitando futuros problemas ao recém-nascido. Caso o bebê seja diagnosticado com alguma alteração genética, ele é encaminhado ao Hemocentro de Belo Horizonte – unidade da Hemominas em que a assistente social atua –, que passa a acompanhá-lo. É nessa parte do processo que começa o trabalho de Vanda, que precisa ajudar o paciente e fazer com que a marcação dos exames solicitados se torne ágil, garantindo um tratamento de qualidade. “Muitas pessoas acham que a Hemominas existe só para doação de sangue, mas não é”, explica Vanda, ao lembrar que naquele espaço também existe um ambulatório que dá suporte aos pacientes que chegam ali em estado prolongado de determinadas doenças do sangue.
Vanda conta que já trabalhou em diversas áreas no serviço social, mas sempre com atuação voltada para a saúde: “Comecei trabalhando em posto de saúde, em Pronto Atendimento Médico (PAM), serviços de emergência e hoje trabalho no ambulatório do Hemocentro de Belo Horizonte”. Para ela, o mais gratificante é ver os problemas de seus pacientes resolvidos. “Tenho o maior prazer, a maior felicidade em dizer que sou assistente social, gosto muito dessa área, vou me aposentar feliz neste trabalho, porque vejo a importância que isso tem para o paciente”, comenta.
Ainda de acordo com o Portal do Serviço Social, outro espaço ocupacional para os assistentes sociais é o setor privado, em empresas e ONGs. Joyce Corrêa é facilitadora de parcerias da instituição Compassion do Brasil – organização evangélica sem fins lucrativos que tem como objetivo ajudar crianças em situação de risco no mundo. A instituição atua em 24 países, em parceria com igrejas evangélicas, com o objetivo de capacitar e preparar crianças para um futuro melhor. “Neste trabalho, temos como foco a prevenção relacionada a crianças que se encontram em situação de pobreza e risco social. É uma proposta na qual acredito muito”, explica.
A ONG exerce atividades através de parcerias com projetos sociais, por um sistema de apadrinhamento internacional, com o intuito de implantar programas socioeducativos. “Minha atuação consiste no acompanhamento dessas parcerias realizadas com os projetos sociais, prestando consultoria especializada referente à implantação dos programas e seu desenvolvimento”, conta a facilitadora. Na instituição, junto ao facilitador, atuam diversos profissionais, como pedagogos, administradores, filósofos, psicólogos, profissionais de comunicação, entre outros. Cada um, através de sua formação, colabora no trabalho voltado para a área social.
Para Joyce, uma das áreas mais carentes do serviço social é a Política Social de Educação. “O profissional poderia atuar em parceria com as escolas e sua comunidade, proporcionando uma aproximação entre a escola e as famílias”, define. A facilitadora se diz muito satisfeita com seu trabalho, pois consegue perceber resultados positivos, o que a motiva a acreditar que está no caminho certo. Porém, ela ressalta que ainda existem alguns entraves que a impedem de obter resultados ainda melhores. “Este é um trabalho em que você é parceiro, então muitas vezes depende do trabalho de outros para alcançar resultados positivos, e essa não é uma tarefa fácil”, lamenta.
Joyce diz acreditar que a ideia do serviço social ainda precisa ser trabalhada na sociedade, que vê a profissão como forma de caridade. “O trabalho do assistente social está diretamente ligado a reduzir o sofrimento socialmente produzido, e essa não é uma tarefa fácil, principalmente nos dias de hoje. A atuação do serviço social está aberta a diversas vertentes, principalmente ligadas às políticas sociais e sua implantação, com o intuito de ajudar pessoas, porém não de maneira caridosa, assistencialista ou paternalista, e sim a partir de uma visão de garantia de direitos e noção de cidadania”, explica.
Assim como Vanda Nunes, a facilitadora da Compassion Brasil também começou na área da saúde, onde acompanhou casos de urgência do Pronto-Socorro de Venda Nova. Lá, cabia a ela identificar indigentes, procurar por familiares de pacientes e dar apoio a famílias nos mais variados casos. Além dessa área, pôde trabalhar também no desenvolvimento de projetos sociais, como coordenadora. “Apliquei programas ligados ao Estatuto da Criança e do Adolescente, despertando-os para a cidadania, a cultura e questões relacionadas à atual situação do meio ambiente”, lembra.
Joyce também é apaixonada pela questão social e fala com entusiasmo da área que escolheu. “O que me motiva no serviço social é saber que todas as respostas podem ser dadas nesta área, e isso me dá força e vontade de nunca desistir e continuar a acreditar nesta prática”, conclui.
Formada há um ano, a assistente social Helenice Aparecida trabalha no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), no município de Lagoa Santa. Na instituição, ela acompanha grupos familiares beneficiadas com o programa bolsa família (PBF) do governo federal, que visa ajudar financeiramente grupos carentes. “Realizo atendimentos individuais e familiares, onde todos são encaminhados à rede socioassistencial do município. Faço visitas domiciliares de monitoramento ao público já beneficiado com o programa e fiscalizo ativamente às famílias que estão em descumprimento com as condições do PBF”, conta.
Assim como as demais entrevistadas, Helenice se diz identificar com o que faz, pois se preocupa bastante com as questões voltadas aos direitos sociais. “Na maioria das vezes, as pessoas são privadas de alguns recursos, como alimentação, um atendimento de saúde digno, uma educação de qualidade. Trabalhar com esse público para mim é alcançar e superar desafios a todo instante, além de ser um aprendizado”, afirma.
Nos caminhos do Serviço Social
Com 34 anos de carreira, a assistente social Regina Coeli de Oliveira, que ajudou a construir a lei estadual de assistência social, lembra que todas as experiências profissionais que teve ajudaram na construção da própria carreira. Com um currículo longo no serviço social, já trabalhou na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e como assessora de um movimento sindical. Hoje, é professora da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas). Em entrevista, ela conta um pouco sobre o serviço social.
Como está o mercado de trabalho para o serviço social?
As condições têm melhorado muito, o mercado tem se tornado mais amplo. O salário não é o que a gente gostaria de ter, mas há um crescimento no número de concursos públicos. E, de modo geral, as instituições estão percebendo a necessidade de um profissional que tenha essa visão social mais ampla, que consiga integrar as várias dimensões da realidade social e construir uma rede de articulações dos vários serviços, dos programas sociais, no sentido de atender às necessidades das pessoas.
Quais as características da profissão? Nossa profissão tem um caráter interventivo muito forte. Não somos profissionais só da teoria; temos uma formação teórica e prática. A teoria é importantíssima, pois é a base da nossa formação. Mas temos uma característica de intervenção na realidade, não ficamos só analisando.
Com qual público o assistente social lida no dia a dia?
Pessoas que se encontram em situações de urgência e de emergência, de extrema pobreza e de vulnerabilidade. E no nível preventivo, que tem como característica assegurar os direitos e contribuir para que as pessoas tenham acessos aos direitos constitucionais.
O que você pode dizer a quem vai entrar no mercado de trabalho?
Primeiramente que é uma área muito interessante. O governo tem feito mais investimentos na área social. Essa pessoa encontra um momento muito importante, principalmente em relação aos concursos públicos. E sugiro que não pare de estudar, que busque se renovar e manter sempre o compromisso ético da profissão.
E para quem pretende começar o curso na área?
Sugiro que aproveite o máximo enquanto estiver na faculdade. A gente sabe que existe uma pressão muito forte em cima dos estudantes, principalmente por causa das longas jornadas de trabalho. Mesmo assim, é importante que participe sempre das atividades extracurriculares.
Serviço Social: profissão essencial na manutenção dos direitos humanos
Para ser um profissional que deseja lutar pelos direitos do cidadão, o assistente social deve aprender em sala de aula os conceitos básicos da profissão.
Trabalhar junto a vários segmentos da população e garantir acesso aos serviços e benefícios. O assistente social visa contribuir em atividades voltadas para o bem-estar coletivo e para a integração do individuo à sociedade.
Para a professora Regina Coeli de Oliveira, o mercado de trabalho para o profissional de serviço social tem se ampliado bastante. As opções são variadas: instituições governamentais, prefeituras, Estado, União, além dos poderes executivo, legislativo e judiciário. O trabalho também pode ser voltado para crianças e adolescentes, detentos, ex-presidiários, empresas, fundações e organizações não governamentais.
Mas, para lidar com as dificuldades do dia a dia, é necessário preparo. Para isso, o futuro profissional deve recorrer aos estudos, com o objetivo de adquirir repertório para atuação no mercado.
Em Belo Horizonte, o curso de serviço social é oferecido pela PUC Minas, pela UFMG, pela Universo (Universidade Salgado de Oliveira) e pelo Centro Universitário Una.
Oi Karla!
ResponderExcluirQuanto tempo não passo por aqui!
Que belo trabalho essa profissão proporciona, realmente amor e dedicação precisam ser presentes!
Ah, tem uma tag no blog, fique a vontade para participar!
até mais.
bj :*